quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A Fé de cada um - Considerações Finais

Apresentação do Trabalho

Apresentação do Trabalho


Depois de toda essa pesquisa intensiva pelas religiões (Hinduismo, Budismo, Islamismo), podemos constatar o quanto aprendemos com essa experiência. Foi muito interessante ver a fé de outras pessoas em outras religiões colocadas em prática de maneira bastante dinâmica, servindo de exemplo até mesmo para nós cristãos, que muitas vezes, vamos levando a vida cristã "empurrando com a barriga". Foi muito interessante ouvi-los e trocar experiências e principalmente com respeito mútuo (não é porque penso diferente que tenho que criticar e julgar). O próprio Jesus nos ensina a respeitar as diferenças e principalmente demonstrar o amor que deve estar em nossos corações, então podemos dizer que foi de um aprendizado tremendo essa pesquisa e em breve tem mais, pois, como já disse possívelmente no post anterios, talvez esse vire tema de nosso TCC (tese de conclusão de curso) mesclando assim o Serviço Social e as religiões! Um grande abraço a todos, valeu pelos comentários e até a próxima!!








segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A Fé de cada um (parte 3 Budismo)



Algumas semanas depois partimos para o último episódio (por enquanto) dessa jornada que tanto nos ensinou e nos surpeendeu! Era a vez de visitarmos um templo budista. Parecia fácil a princípio, pois se conseguimos visitar uma mesquita islâmica e o templo hindu, o templo budista parecia moleza pra gente, mas não foi bem assim, tivemos uma dificuldade enorme em encontrar um templo budista em Santos, procurávamos por todos os meios possíveis e não encontrávamos nada, chegamos até a pensar que não existia templo budista na Baixada Santista, e o tempo para a apresentação do trabalho estava chegando, tínhamos que concluir a pesquisa naquela semana. Conseguimos o telefone da sede em São Paulo e de lá a secretária me passou o telefone e endereço do templo em Santos, bem perto de onde fica nossa Universidade, enfim, liguei lá pra agendar a visita e a entrevista, falei com a secretária Harumi, e ela foi extremamente simpática e acolhedora (algo dificil de se encontrar hoje em dia).







HARUMI (De preto)


E lá vamos nós, era sábado, fim de tarde, quando depois de algumas voltas encontramos a rua e o prédio, um prédio normal sem placas, nada! Tudo muito discreto. Entramos e perguntamos pela Harumi e logo ela veio nos atender com um imenso sorriso e começou a nos apresentar às pessoas e mostrar todas as instalações.










O lugar era bem grande, com várias salas onde aconteciam diversas cerimônias, numa delas estava acontecendo uma espécie de cerimônia só para homens que usavam um uniforme e era responsáveis por algo no local.








No templo principal acontecia um ensaio de dança e logo fomos ao segundo andar onde aconteceria uma reunião para visitantes!
Era uma sala bonita, onde tinha um altar que se encontrava fechado e fomos informados que não poderíamos tirar fotos quando ao altar fosse aberto e revelasse o pergaminho.









Começam as orações, achei um pouco semelhante aos mantras do hinduísmo com algumas peculariedades, o altar é aberto e intesificam-se as orações... passado esse momento, todos ficamos em circulo, cada um se apresenta e começa um estudo acompanhado de testemunhos de cada um dos participantes. Fomos apresentados e perguntados sobre nossa pesquisa, mas tudo correu de maneira bastante tranquila.








Acaba o estudo, todos se despedem e logo alguns líderes, o Gileno, a Elza e a Harumi vieram conversar com a gente bastante entusiasmados com a nossa presença e explicam várias pontos de sua religião. Era uma vertente budista do Japão, diferente um pouco da que conhecemos da Índia. Para eles Buda foi apenas um sábio no qual passou ensinamentos, tudo é energia, tudo que fazemos, pensamos, etc é energia e pode ser trasnforamdo em energia positiva atráves da"Força de transformação da vida"e da recitação do mantra NAM-MYOHO-RENGUE-KYO


NAM – Devotar
MYOHO – lei mística
RENGUE – Causa e efeito
KYO – início e o fim (passado, presente e futuro).
“Devotar a sua vida em prol da lei mística da causa e efeito do infinito (passado ao futuro)”.










Entre outras coisas, ele explicou que o budismo nessa vertente não é divulgado, pois eles não estão querendo encher o templo de pessoas, mas que no momento certo as pessoas chegam até eles, inclusive até a nossa visita para eles era algo já destinado a acontecer.
Possuem também uma excelente estrutura em termos de organização, com rádio, programas de TV, jornais, mas tudo divulgado de maneira discreta, como eles acreditam ser o melhor!
Outro ponto interessante é a busca da paz mundial, coincidindo com o islamismo e com o hinduísmo nesse aspecto.











Ficamos cerca de uma hora conversando com eles, quando eles pergutam sobre a nossa fé, e quando revelamos sermos cristãos, notei os olhares de surpresa (penso que a imagem que eles tem de cristãos é aquela de que estãos sempre julgando e criticando) , mas falei que nosso intuito de maneira nenhuma era julgar ou criticar, mas engrandecer nossa pesquisa e trocar informações com total respeito a fé deles e que essa troca era muito enriquecedora, embora discordássemos em vários pontos, mas logo notei as feições se acalmarem, nos despedimos e agradecemos e fomos embora com convite à retornar mais vezes.





Fabiana/Eu(alto), da esq para direita (Elza, Harumi e Gileno)





O que nos impressionou nessa vertende do Budismo foi a estrutura e organização deles e a cordialidade e o impressionante tratamento que cada visitante tem. Fica aí de exemplo para todos!




(Em breve estarei publicando um balanço geral dessas visitas e não para por aí, esse trabalho acabou, mas nossa pesquisa vai continuar, provavelmente estaremos realizando nosso TCC (tese de conclusão de curso) nessa linha, fazendo a junção do Serviço Social e as Religiões, então continuaremos nossa jornada pelo mundo das religiões)
Abraço a todos



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A fé de cada um (parte 2 - Hinduísmo)



Olá amigos, conforme prometido, estou relatando a segunda parte da nossa jornada pelas religiões, dessa vez nos aventurando no campo do Hinduísmo.




Já se passavam alguns dias da nossa visita a Mesquita quando conseguimos marcar uma visita ao templo Hindu em Santos (foi muito difícil encontrar esse templo, não há site, telefone, divulgação, etc., só encontramos porque uma colega da nossa classe, a Raquel é hindu e frequenta essa comunidade, que é apenas uma das vertentes do hinduismo, talvez a mais conhecida, o movimento Hare Krishna)





Combinamos tudo com a Raquel e partimos, era um domingo chuvoso, daqueles que dá vontade de ficar em casa sem fazer nada, mas tínhamos que ir, não saberíamos quando iríamos ter uma nova oportunidade de visitar o templo Hindu, devido a correria do dia a dia e falta de tempo...






Marcamos de nos encontrar com a Raquel em determinado ponto de Santos, próximo ao templo Hindu, mas havia um trânsito horrível, pois na sexta tinha sido feriado e estavam todos voltando para São Paulo, e como a Raquel mora na Praia Grande, foi bem complicado para ela conseguir chegar, muitos telefonemas depois (bendita invenção, os celulares) e depois de procurarmos sozinho o templo sem obter sucesso, a Raquel chega e conseguimos encontrar o templo.






Nunca encontraríamos por nós mesmo, pois é apenas um prédio normal, e por ironia embaixo fica uma igreja evangélica, onde estava acontecendo um culto naquele instante, enfim, subimos as escadas e entramos no templo, o líder estava na ante-sala, nos recepcionou calorosamente e nos deu total permissão para fotografar e registrar tudo (mais uma demonstração de boa vontade).







O culto já tinha começado, estavam cantando mantras com o propósito, segundo eles, de purificar o corpo, uma moça vestida de indiana era a responsável pela ornamentação do altar e ficava acendendo uns incensos, velas e coisas do tipo.








Após os mantras, o líder começa o estudo abordando diversos aspectos culturais e ensinamentos hindus para os dias atuais. Tudo tranquilo.








Após esse estudo, começa-se uma cerimônia que a Raquel nos explicou que era a festa de aniversário de Krishna bebê, abre se a cortina do altar e todos começar a dançar, cantar, fazer pedidos e levar ofertas à Krishna bebê, algo bem interessante de se ver.







O mais impressionante é que eles ficam horas e horas nessas celebração, sem demonstrar sinal de cansaço, a reunião tinha começado as 18:00h e já eram 22:00 e não havia sinal de terminar, ainda teria a festa propriamente dita, com comidas e bebidas convenientes a um aniversário...









mas infelizamente precisamos ir embora antes pois a Fabi precisava ainda buscar a mãe dela em outro ponto da cidade, e não conseguimos conversar com ninguém, mas o que vimos nos impressionou muito, principalmente pelo fato de ficarem ali horas e horas com muita disposição e desejo de se purificarem através dos mantras e das cerimônias, pois por bem menos muitas vezes já nos sentimos cansados e sem disposição.







Que fique de exemplo pra todos, viver com todas as forças aquilo em que acredita, até o limite das forças! Grande abraço a todos até o próximo post sobre nossa jornada pelo Budismo.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

A FÉ DE CADA UM (PARTE 1 - ISLAMISMO)

SOCIEDADE ISLÂMICA DE SANTOS


A foto acima se trata de uma pesquisa sobre religiões que fizemos para um trabalho da faculdade no ano passado. Estivemos pesquisando três religiões, o Hinduísmo, o Budismo e o Islamismo, e podemos dizer que foi uma pesquisa bastante interessante, pois visitamos cada um dos templos, participamos das reuniões, conversamos com os líderes de cada religião e posso dizer que foi muito enriquecedor não só para nosso trabalho, mas para as nossas vidas.



Bom... começamos nossa saga em outubro do ano passado, eu e a Fabiana (colega de classe e também cristã) pegamos nossas máquinas fotográficas, celulares, mp3, blocos e fomos (lógico, nós telefonamos antes perguntando se poderíamos realizar a pesquisa, para não correr o risco de chegar e dar com a cara na porta, ou pior, sermos mal recebidos).






A Fabi me pegou por volta de 14:30 da tarde e iniciamos nossa jornada, antes passamos na casa de sua avó para pegar a máquina fotográfica dela, quando ficamos presos para fora do carro, primeiro transtorno do dia, tentamos abrir o carro, mas não conseguimos, tivemos que ligar para o pai dela para que viesse com a chave reserva... enfim, parece que conseguíriamos ir...






Chegamos a Mesquita de Santos, olhamos aquele templo imenso e comentamos sobre o receio e apreensão que estavamos sentindo, pois qualquer um que acompanha os noticiários sabe da fama dos mulçumanos que são logo associados aos terroristas, bombas, atentados, etc... mas entramos, era a festa do último dia do Ramadã (ocasião no qual fazem jejum do nascer até o por do sol, em torno de mais ou menos um mês), uma moça nos levou até o segundo andar onde acontecia as orações, o templo estava cheio, minha amiga foi separada de mim, levada ao espaço onde as mulheres ficam e eu entrei no templo (depois de tirar os sapatos) e logo o presidente da Mesquita veio em minha direção. Gelei! pensei comigo: ele vai me dar a maior bronca por estar tirando fotos seu autorização... quando para minha surpresa ele me cumprimenta e diz que posso ficar a vontade e me convida para me aproximar mais para tirar fotos mais perto. Fiquei tanquilo e logo estava fotografando tudo sem nenhum embaraço.



Fabiana estava na parte de cima e parece que tinha esquecido de tirar os sapatos e foi repreendida por isso, mas nada muito grave...






Passado as orações ficamos lá fora, na ante sala pensando se poderíamos entrevistar algum membro da Mesquita para nossa pesquisa, foi quando o próprio presidente da Sociedade Islâmica nos pediu para aguardar que ele falaria conosco, ficamos surpresos com tal disponibilidade, pois ele estava lá desde as sete da manhã por causa da festa do ramadã. Aguardamos um pouco e logo depois fomos para uma outra sala, acho que era uma sala de reuniões em virtude da mesa grande, várias cadeiras, livros e etc. Ele ligou o ar condicionado e buscou água pra gente ( muita gentileza, já que fazia bastante calor no dia).








Então começamos a entrevista, ele nos deu uma pequena aula sobre o islãmismo, falou entre outras coisas sobre seus projetos sociais, no qual todo muçulmano tem que dar 2,5% de seu rendimento anual para obras assitenciais, um dos motivos do ramadã é sentir na pele como é ter fome e não ter o que comer, falamos sobre o papel das mulheres no islamismo, e descobrimos que para eles a mulher não é um ser inferior, mas é valorizada, o motivo delas ficarem toda coberta dos pés a cabeça, segundo o presidente, é o fato dela não ser tratada como um objeto, mas mostrar sua beleza somente para o seu marido.








Ficamos cerca de uma hora conversando e não poderíamos deixar de perguntar sobre o terrorismo e sobre os radicais, foi quando ele mudou levemente a feição, mas sem perder a compostura respondeu que esses movimentos radicais não são verdadeiros muçulmanos, eles usam o islamismo como desculpa para seus propósitos, e a mídia e a sociedade distorcem os fatos pois não querem que o islamismo se propague por motivos políticos e etc, mas que a verdadeira mensagem do islamismo é a paz, prega-se e busca-se a paz mundial.



SALAH MOHAMED ALI
(Presidente da Sociedade Islâmica de Santos desde 1977)



Encerramos assim essa primeira parte de entrevistas sobre as religiões, ficando (eu e a Fabiana) bastante surpresos e impactados com a força da fé que eles tem, as boas maneiras e principalmente a disciplina em suas atividades.


Fica de lição para nós cristãos que muitas vezes por tão pouco já nos encontramos desfalecidos e desanimados, a perseverança que eles possuem em viver aquilo que acreditam!



E Aguardem... em breve estarei postando aqui nossa saga pelo hinduísmo...


Abraço a todos